quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cenários de "Ópera de Cristal"


Nova Iorque - Central Park, Wollman Rink




domingo, 25 de janeiro de 2009

Se...

O mundo de hoje não é semelhante ao mundo de ontem nem será idêntico ao mundo de amanhã. O hoje actual é o resultado de um conjunto de situações ou acções, preparadas minuciosamente ou provindas de equívocos sequenciais e genuínos, que enfeitam a realidade dos homens e mulheres que pisam no terreno terrestre, cujo dono é o desconhecido. Estas actuações orquestrais enfrentam a essência do público, que simboliza os desafios e as vontades mais íntimas, humanas e desumanas, dos habitantes que ainda sobrevivem. Todavia, também existem confrontos no interior do palco, que se abate durante a passagem dos segundos, prevendo a dor dos minutos e a certeza do fim das horas!

Esta passagem temporal que se encontra em sintonia com as visitas cíclicas das nuvens pelo horizonte visível, assemelha-se à máquina do tempo na medida em que tudo já se encontra tão mecanizado que nada parece conservar o decorrer das horas, as acções e, consequentemente, as suas consequências, quer sejam a curto ou longo prazo. Hoje em dia, é irónico observar as pessoas…se não tivesse que trabalhar ou estudar, seria essa a minha ocupação…é bastante interessante! Se repararem com atenção, toda a gente age de acordo com acontecimentos que, sinceramente, não têm que acontecer …porque é que amanhã terá de ser o sol a fornecer-nos a luz do dia e, não poderá ser uma lanterna gigante fabricada na mágica, inefável e encantada Finlândia? Porquê é que amanhã não posso andar de modo diferente, apercebendo-me que a atmosfera da Terra se transformou numa atmosfera parecida à da Lua?


O verdadeiro tesouro do mundo inteligente seria muito mais poderoso, eficaz e prestigioso se na sua fonte estivesse um motor, cuja principal função iria consistir no fabrico de inúmeros “ses” que, por sua vez, dariam origem a um conjunto de questões pertinentes sobre as condições verdadeiramente humanas e, sobre a imaginação e o poder dos sonhos, sendo estes vitais para o avanço saudável do mundo! A partir destas pequenas palavras, grandes conquistas poderiam ser feitas uma vez que é na dúvida que surgem novos modos de vida, novos sentidos de existências, novas razões para respirar o ar cada vez mais poluído de egoísmo, revolta e desespero…Infelizmente, os ponteiros dos relógios, em princípio, dão os seus passeios diários todos ao mesmo ritmo e, na realidade, milhões e milhões de atitudes relevantes são dadas (apesar de, nem todas elas, serem realizadas com a quantidade necessária de bom senso e, principalmente, de consciência) ao mesmo tempo, sem oportunidade de surgirem num mesmo contexto de vida ou de se tornarem num simples rascunho capaz de ser modificado caso haja algum problema irremediável. É nesta composição repleta de corações, que podem parar a qualquer segundo, perdendo, assim, a possibilidade de olhar uma última vez para uma estrela cintilante, que lhe pisca os olhos com um toque malandro e sedutor, que ainda é possível entrar no palco estrelado, cujo nome particular é partilhado visto que apenas são necessárias duas letras para unir biliões de pessoas, detentoras de infinitas posturas perante a vida, real ou não…


Sinceramente, não acho que seja necessário uma reflexão de horas e horas sobre um qualquer assunto que, talvez, jamais será útil para a vida…apenas penso que é melhor perder um minuto da vida em vez de perder a esperança da vida num minuto pois o sonho é a única imaginação que o doador da quimera, utopia e fantasia nos coloca nas mãos…cabe, à suposta consciência humana, aquilo que se deve fazer…


…enterrar o baú mágico que nos aquece e alegra os sorrisos…ou…tentar, pelo menos, elevar o seu conteúdo até às estrelas, tornando a noite em dia, as lágrimas num toque suave de riso, a realidade num sonho vivido…


E se a tua vida está presa num “se” escrito nas tuas mãos?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Momentos únicos

A música é a sombra que me acompanha para onde quer que vá...nos momentos tristes, nos momentos de alegria, nos momentos de dúvidas e incertezas...enfim, ela está sempre lá! Transmite-me uma força ímpar que me lança para longe...lança-me para aquela linha ténue entre a lua e o mar.
Ontem, a música proporcionou-me momentos repletos de vagas imagens de utopias e frases soltas...foi emocionante, até! E, toda esta utopia devo ao profissionalismo e talento de Mafalda Veiga!
Obrigada, Mafalda! Foi um dos melhores concertos que vi! O tom dócil das letras das tuas músicas embalaram-me numa viagem literária e musical que há muito tempo não fazia!
Obrigada pela tua disponibilidade...enfim, por todos os momentos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

E, porque a neve este ano também me acordou...

"- Bom dia. Quem fala? – afirmou com uma voz sonolenta, parecendo que alguém a obrigava a falar.
- Olá. São horas de acordar! – sussurrou Fiorenzo, desfrutando da bela manhã.
- És tu o asno que me acordou a estas horas? Sabes que horas são?!
- Não, por acaso, não. Tu sabes? – disse, galanteando-a.
- Também não. Mas, vou saber…ainda não são sete da manhã!
- Obrigado pela informação e, obrigada por me teres recebido tão bem…de um modo tão franco e espontâneo.
- Não quero ser fria, de modo algum…mas o que é que te levou a acordar-me a estas horas? Há uma razão, espero…
- Aposto que ainda não abriste esses olhos tão doces durante…pelo menos, três minutos, pois não? – perguntou Fiorenzo, com um peculiar bem-querer.
- Bem, se estás a referir-te aos meus olhos, eles estão bem fechadinhos para continuarem a dormir quando desligares o telefone.
- Má notícia.
- O quê? Aconteceu-te alguma coisa?
- Não vais dormir mais…pelo menos, hoje.
- Porque é que me iria sacrificar dessa maneira?
- Abre os olhos. Levanta-te da cama…eu sei que estás quentinha, mas levanta-te. É uma ordem! Vai ver como acordou Nova Iorque.
- Não me digas que acordamos noutra galáxia? – disse Carol, levantando-se e vestindo o robe.
- Eu tenho consciência que o mundo poderia ter outro fim se isso fosse verdade, mas não…temos que continuar a ter esperança…ainda bem que a esperança não é nenhuma energia não renovável!
- Meu Deus, não acredito…está lindo! – pronunciou, lentamente, Carol, colocando a mão na janela.
- Qual a tua opinião complexa acerca da brancura de Nova Iorque?
- A minha opinião, complexa, acerca desta brancura é…a melhor, se puder ir ter contigo desfrutar este dia…maravilhoso."
P.S: Excerto de "Ópera de Cristal"...enfim, coincidências engraçadas...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Fantasma da Ópera

É evidente o poder que o teatro, a música e o cinema têm sobre a minha inspiração. Não sei explicar a transformação que sinto nas minhas mãos e, muito menos o contentamento fulminante que se apodera dos meus pensamentos, emoções e, por extensão, da minha vida! Mas, para quê uma explicação? Não preciso dela. Apenas preciso de continuar a sentir...

Fantasma da Ópera foi um dos filmes que me marcou.
Todos nós guardamos máscaras dentro da nossa alma...não vale a pena negar! Houve uma altura em que o fazia pois pensava que o uso de uma máscara implicava, necessariamente, um sentimento ou atitude negativa da minha parte. Contudo, com o passar do tempo apercebi-me que esse negativismo provém de uma escolha...e quem escolhe somos nós!

O que estou a tentar transmitir é muito simples.
Eu tenho sonhos. Tu tens sonhos. Os sonhos são cruciais à nossa sobrevivência pois fazem-nos querer avançar. Para mim, uma máscara é a minha aliada nesta busca dos sonhos pois ela resguarda a minha essência. Se vocês acreditarem que conseguem conquistar os projectos que vos fascinam, embora todas as evidências ditem o contrário, arranquem do céu uma estrela e deixem que ela sofra metamorfose até adquirir a forma da vossa máscara.

O que sou hoje e o pouco que conquistei até então, deve-se, em parte, ao uso que fiz desta pequena e brilhante máscara. Aceitam críticas e conselhos construtivos, mas o resto...Para o resto, coloquem a vossa máscara e trilhem o vosso caminho, usando-a como escudo da vossa essência.Quando queremos e acreditamos no nosso trabalho e esforço, os sonhos estão ao alcance das nossas mãos...