quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nota do Grémio Literário Vila-Realense sobre o lançamento de "Simplesmente Eu"

"ANA GONÇALVES: SEGUNDO LIVRO

Ana Gonçalves (Bragança, 1988) tinha já feito a sua estreia literária em 2008, com o romance Ópera de Cristal. Reaparece agora com um livro de poesia, Simplesmente eu, publicado pela Corpos Editora e avalizado pela World Art Friends.Muito jovem ainda, a sua escrita poética tem naturalmente qualquer coisa de ingenuamente adolescente no modo como reflecte as emoções, desilusões, anseios e revoltas da autora, mas tem igualmente uma intensidade e sinceridade assinaláveis. O livro foi apresentado no dia 22 de Julho de 2009, em sessão organizada pelo Grémio Literário Vila-Realense. Apresentou Henrique Morgado, que fez notar um certo tom geral disfórico nos poemas de Ana Gonçalves e incitou a autora a prosseguir na escrita, dando-a como exemplo a seguir pelos jovens que tanto maltratam a língua portuguesa e manifestam total desinteresse pela actividade literária."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Lançamento de "Simplesmente Eu" - ALTERAÇÃO


O lançamento de "Simplesmente Eu" realizar-se-á no Grémio Literário de Vila Real no dia 22 de Julho pelas 21.30h. Conto convosco!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

terça-feira, 30 de junho de 2009

O meu segundo livro...


"SIMPLESMENTE EU" de Ana Gonçalves está a chegar...
Um livro onde o amor, as desilusões e a esperança são transformados em palavras através da visão de uma jovem que vive os dias com intensidade e, acima de tudo, verdade nos seus actos.


domingo, 10 de maio de 2009

Novidade...

É com o MAIOR prazer que vos comunico que, dentro de um mês sensivelmente, mais um livro da minha autoria vai ser publicado.

Obrigada por todo o APOIO e, por gostarem tanto da minha escrita.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Paixão

Hoje acordei.
Acordei com um entusiasmo esquisito a crescer-me no peito. Algo que não me era estranho, mas também não era comum. Não sei explicar...é uma espécie de frenesim que sinto dentro de mim que se espalha até aos meus lábios, reflectindo-se num enorme sorriso que, por sua vez, direcciona os holofotes para o palco do meu olhar.


Definitivamente, as palavras são uma paixão dentro de mim!
Uma paixão que me enlouquece...
Uma paixão que me esgota os sentidos...
Uma paixão que me realiza cada vez mais...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Lisboa

"No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto cruz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

...

Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida"
Carlos do Carmo


Porque cada vez que ponho o olhar nesta cidade, os meus sentidos sofrem metamorfose e aproximam-se da perfeição da minha poesia...

sábado, 21 de março de 2009

Lançamento do livro "Elementos"

Dia 20 de Março de 2009 tive o prazer de estar presente no lançamento de um livro elaborado por pessoas que me são cruciais. E, definitivamente, que a diferença e a magia das palavras estiveram presentes naquele local...

Apenas quero deixar os vestígios que ainda tenho na memória e no coração do que senti quando ouvi uma voz particular (a tua...tu sabes...), tão particular que conseguiu arrancar pedaços discretos de lágrimas das recordações do passado, da viagem do presente e das expectativas do futuro...

Alguém falou da relação entre professores e alunos...melhor, entre amigos e amigos!! Quanto a esse sentimento, não há palavras que possam descrever a sua intemporalidade...para mim, não há!

Parabéns!!
Ontem a magia brilhou no meu mundo, no vosso mundo, no NOSSO MUNDO!

segunda-feira, 2 de março de 2009

*EO* - Porque há noites assim...

Não me deixes fugir…
Não me deixes fugir para uma direcção oposta à tua…
Eu não quero.
Juro. Juro-te.
Este meu “não quero” é uma das certezas mais fortes que alguma vez tive porque…porque quando eu fujo, eu fujo e não volto. Tu sabes. Tu conheces-me.

Por vezes, penso…penso que a minha verdade te pertence, antes de me pertencer a mim mesma. Fico “enraivecida” quando pousas nas minhas mãos, a verdade (a minha!) que, até então, estava nas tuas. Não condeno a tua perspicácia…condeno a minha transparência que, pelos vistos, não te dá as certezas de que precisas. Contudo, a genuidade, feliz ou infelizmente, mora comigo e acompanha-me para qualquer lado…e, como amiga que sou, exijo a mim mesma dar-te em cada atitude, em cada gesto, em cada palavra toda a veracidade que possuo.

Só te peço para não me deixares fugir…
Eu não quero…não quero porque ainda há vestígios meus que são só teus…
Não quero.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Carnaval

"Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.

....
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim..."

Clarice Lispector

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Amigos

"Onde quer que nos encontremos, são os nossos amigos que constituem o nosso mundo."
William James
"O sentido da minha existência passa pelo sorriso dos meus amigos, pelos seus olhares compreensivos que contemplam o meu, pelos seus abraços que criam o meu mundo e pela descoberta das diferentes formas de amor que se traduzem na dedicação, no empenho, na admiração, na lealdade e na cumplicidade..."
Ana Gonçalves (porque eles são tudo...)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Porque um dia...

Porque um dia ousei PENSAR...
Pensar e repensar sobre as cordas encurraladas em si mesmas no horizonte.
Porque um dia ousei DESABAFAR...
Desabafar sobre capítulos que, na última página, ainda tinham reticências.
Porque um dia ousei DIZER...
Dizer que, dentro de mim, existe uma bomba-relógio que explode a cada emoção.
Porque um dia ousei SENTIR...
Sentir que a minha mão traz, constantemente, o mundo dentro dela.
Sentir que o meu corpo desfalece a qualquer momento, se a minha vontade findar num segundo morto.
Porque um dia ousei AMAR...
Amar de tantas maneiras que me perdi numa imensidão de gestos de amizade, amor e respeito.
Porque um dia ousei CONFESSAR...
Confessar que uma sensação de felicidade me abraça quando tenho ao meu lado os MELHORES AMIGOS DO MUNDO!

P.S: Dedico aos meus verdadeiros amigos este texto...as minhas "obras"...a minha essência e todos os seus vestígios!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

*EO* - Porque há dias assim...

O mundo, por vezes, torna-se muito pesado na minha consciência! Subitamente, sinto a dor a rasgar-me a pele morena. Caí. O chão transformou-se no meu maior alicerce, sendo ele o único que ainda consegue acalmar a velocidade dos sentimentos que assolam a minha memória. Com o olhar suspenso na direcção do chão de madeira, os meus longos cabelos deixam-se cair sobre o meu rosto redondo. Não há força. Não há querer. Não há ninguém. Só eu e o chão…
Lágrimas desaguam num rio de tristeza! O silêncio arranca a voz muda que o castanho do meu olhar liberta. As palavras deixam de fazer sentido quando não são ouvidas…pelo menos, ouvidas no seu verdadeiro significado. A estranheza conquista uma presença habitual e torna-se invasora nas memórias de quem nada tinha de estranho.

Pergunto-me onde andas…
Pergunto-me se algo morreu dentro de ti…
Pergunto-me porque é que já não sabes ler o meu olhar…
Pergunto-me porque é que, depois de fugires, voltaste pela metade…

Sabes, tenho saudades…
Saudades de quando ficava deslumbrada quando te via…saudades de quando me diziam que, ao ouvir o teu nome, uma chama se acendia nos meus olhos…eu respondia sempre que essa chama era o orgulho e a admiração que sentia por ti…saudades de quando eras próximo…tão próximo que, se a minha vida desmoronasse, sem dúvida serias o primeiro a quem pediria ajuda…saudades de quando dizias, sem vergonha nem receio do que os outros pensavam, o quanto eu era importante para ti…saudades de quando ainda tinhas vontade de me dizer, olhos nos olhos, “Adoro-te”…saudades de quando as mensagens não substituíam as palavras que me acolhiam a alma…saudades de quando ainda sabias ouvir, de modo sério, o que me “atormentava”…saudades de quando te preocupavas com as minhas lágrimas e não as banalizavas com sorrisos que, apesar de saber que são para me alegrar, de certa forma, me magoam porque me apercebo que não compreendes o impacto da dor que estou a sentir nos momentos em que estou triste…saudades de quando sabias ser um puto super divertido e, ao mesmo tempo, um rapaz que me sabia ouvir com atenção…saudades daquelas conversas que só nós os dois tínhamos e, que agora são esporádicas…saudades de quando não tinha que “medir” as palavras para descrever a amizade que sinto por ti…saudades de poder ser genuína quando estou contigo e de sentir genuidade nos teus actos…
Lembras-te disto?

Hoje (e tantos outros dias!!) tive saudades tuas e estive contigo. Não percebia o porquê das saudades…só percebi quando hoje me deixaste sozinha a pensar…descobri que sentia saudades da tua essência…do que um dia foste para mim! Como eu quero que estas saudades se tornem numa presença tão forte…tão forte que consiga queimar os passos do tempo.
Porque não regressas? Sinto uma falta descomunal deste alguém é tanto para mim…

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Curiosidades

1 - As músicas que refiro no livro são as músicas que estava a ouvir no momento em que estava a escrever aquela parte da história.

2 - Este romance demorou 2 meses a ser escrito.

3 - Esta história foi elaborada na praia durante o dia e, em casa durante a madrugada...no silêncio da escuridão.

4 - Nunca estive em Veneza, Londres ou Nova Iorque. As descrições existentes são fruto de pesquisas em livros e na Internet.

5 - À excepção do café "Quiet Company", os espaços mais importantes do romance como o hotel de Fiorenzo, a localização da Broadway, o Central Park, etc. são reais. Um dos meus objectivos é que, se o leitor tiver curiosidade em conhecer algum dos "cenários", o possa fazer, imaginando a história numa dimensão real e tridimensional como se de um filme se tratasse.

6 - A motivação que faltava para me lançar nesta aventura foi-me oferecida através do filme "The lake house" com Sandra Bullock e Keanu Reeves. Depois de sair da sala de cinema, a primeira frase que pronunciei foi "Eu vou criar um romance e, este romance vai transformar-se num livro". Sabia lá eu que este pensamento seria realidade passado uns meses...

7 - A capa do livro e o título do mesmo não foram escolhidos por mim. Ofereci essa decisão a duas pessoas essenciais da minha vida.

8 - Demorei, por volta, de 5 minutos a colocar o último ponto final. Pode ser estranho, eu sei...mas a sensação de realização foi tão grande que, por momentos, fui surpreendida por uma vontade inexplicável de tornar perpétua esta história nas minhas mãos!

9 - No dia do lançamento, quando as luzes ainda estavam apagadas e, ainda sozinha no palco, tive a certeza de que este livro é o primeiro de muitos e, não apenas o resultado de uma vontade temporária.

10 - Definitivamente, o dia 2 de Maio de 2008 foi o dia mais feliz da minha vida! Estava tudo perfeito...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cenários de "Ópera de Cristal" III

Nova Iorque - Millennium Broadway





Cenários de "Ópera de Cristal" II


Veneza - Praça de San Marco

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cenários de "Ópera de Cristal"


Nova Iorque - Central Park, Wollman Rink




domingo, 25 de janeiro de 2009

Se...

O mundo de hoje não é semelhante ao mundo de ontem nem será idêntico ao mundo de amanhã. O hoje actual é o resultado de um conjunto de situações ou acções, preparadas minuciosamente ou provindas de equívocos sequenciais e genuínos, que enfeitam a realidade dos homens e mulheres que pisam no terreno terrestre, cujo dono é o desconhecido. Estas actuações orquestrais enfrentam a essência do público, que simboliza os desafios e as vontades mais íntimas, humanas e desumanas, dos habitantes que ainda sobrevivem. Todavia, também existem confrontos no interior do palco, que se abate durante a passagem dos segundos, prevendo a dor dos minutos e a certeza do fim das horas!

Esta passagem temporal que se encontra em sintonia com as visitas cíclicas das nuvens pelo horizonte visível, assemelha-se à máquina do tempo na medida em que tudo já se encontra tão mecanizado que nada parece conservar o decorrer das horas, as acções e, consequentemente, as suas consequências, quer sejam a curto ou longo prazo. Hoje em dia, é irónico observar as pessoas…se não tivesse que trabalhar ou estudar, seria essa a minha ocupação…é bastante interessante! Se repararem com atenção, toda a gente age de acordo com acontecimentos que, sinceramente, não têm que acontecer …porque é que amanhã terá de ser o sol a fornecer-nos a luz do dia e, não poderá ser uma lanterna gigante fabricada na mágica, inefável e encantada Finlândia? Porquê é que amanhã não posso andar de modo diferente, apercebendo-me que a atmosfera da Terra se transformou numa atmosfera parecida à da Lua?


O verdadeiro tesouro do mundo inteligente seria muito mais poderoso, eficaz e prestigioso se na sua fonte estivesse um motor, cuja principal função iria consistir no fabrico de inúmeros “ses” que, por sua vez, dariam origem a um conjunto de questões pertinentes sobre as condições verdadeiramente humanas e, sobre a imaginação e o poder dos sonhos, sendo estes vitais para o avanço saudável do mundo! A partir destas pequenas palavras, grandes conquistas poderiam ser feitas uma vez que é na dúvida que surgem novos modos de vida, novos sentidos de existências, novas razões para respirar o ar cada vez mais poluído de egoísmo, revolta e desespero…Infelizmente, os ponteiros dos relógios, em princípio, dão os seus passeios diários todos ao mesmo ritmo e, na realidade, milhões e milhões de atitudes relevantes são dadas (apesar de, nem todas elas, serem realizadas com a quantidade necessária de bom senso e, principalmente, de consciência) ao mesmo tempo, sem oportunidade de surgirem num mesmo contexto de vida ou de se tornarem num simples rascunho capaz de ser modificado caso haja algum problema irremediável. É nesta composição repleta de corações, que podem parar a qualquer segundo, perdendo, assim, a possibilidade de olhar uma última vez para uma estrela cintilante, que lhe pisca os olhos com um toque malandro e sedutor, que ainda é possível entrar no palco estrelado, cujo nome particular é partilhado visto que apenas são necessárias duas letras para unir biliões de pessoas, detentoras de infinitas posturas perante a vida, real ou não…


Sinceramente, não acho que seja necessário uma reflexão de horas e horas sobre um qualquer assunto que, talvez, jamais será útil para a vida…apenas penso que é melhor perder um minuto da vida em vez de perder a esperança da vida num minuto pois o sonho é a única imaginação que o doador da quimera, utopia e fantasia nos coloca nas mãos…cabe, à suposta consciência humana, aquilo que se deve fazer…


…enterrar o baú mágico que nos aquece e alegra os sorrisos…ou…tentar, pelo menos, elevar o seu conteúdo até às estrelas, tornando a noite em dia, as lágrimas num toque suave de riso, a realidade num sonho vivido…


E se a tua vida está presa num “se” escrito nas tuas mãos?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Momentos únicos

A música é a sombra que me acompanha para onde quer que vá...nos momentos tristes, nos momentos de alegria, nos momentos de dúvidas e incertezas...enfim, ela está sempre lá! Transmite-me uma força ímpar que me lança para longe...lança-me para aquela linha ténue entre a lua e o mar.
Ontem, a música proporcionou-me momentos repletos de vagas imagens de utopias e frases soltas...foi emocionante, até! E, toda esta utopia devo ao profissionalismo e talento de Mafalda Veiga!
Obrigada, Mafalda! Foi um dos melhores concertos que vi! O tom dócil das letras das tuas músicas embalaram-me numa viagem literária e musical que há muito tempo não fazia!
Obrigada pela tua disponibilidade...enfim, por todos os momentos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

E, porque a neve este ano também me acordou...

"- Bom dia. Quem fala? – afirmou com uma voz sonolenta, parecendo que alguém a obrigava a falar.
- Olá. São horas de acordar! – sussurrou Fiorenzo, desfrutando da bela manhã.
- És tu o asno que me acordou a estas horas? Sabes que horas são?!
- Não, por acaso, não. Tu sabes? – disse, galanteando-a.
- Também não. Mas, vou saber…ainda não são sete da manhã!
- Obrigado pela informação e, obrigada por me teres recebido tão bem…de um modo tão franco e espontâneo.
- Não quero ser fria, de modo algum…mas o que é que te levou a acordar-me a estas horas? Há uma razão, espero…
- Aposto que ainda não abriste esses olhos tão doces durante…pelo menos, três minutos, pois não? – perguntou Fiorenzo, com um peculiar bem-querer.
- Bem, se estás a referir-te aos meus olhos, eles estão bem fechadinhos para continuarem a dormir quando desligares o telefone.
- Má notícia.
- O quê? Aconteceu-te alguma coisa?
- Não vais dormir mais…pelo menos, hoje.
- Porque é que me iria sacrificar dessa maneira?
- Abre os olhos. Levanta-te da cama…eu sei que estás quentinha, mas levanta-te. É uma ordem! Vai ver como acordou Nova Iorque.
- Não me digas que acordamos noutra galáxia? – disse Carol, levantando-se e vestindo o robe.
- Eu tenho consciência que o mundo poderia ter outro fim se isso fosse verdade, mas não…temos que continuar a ter esperança…ainda bem que a esperança não é nenhuma energia não renovável!
- Meu Deus, não acredito…está lindo! – pronunciou, lentamente, Carol, colocando a mão na janela.
- Qual a tua opinião complexa acerca da brancura de Nova Iorque?
- A minha opinião, complexa, acerca desta brancura é…a melhor, se puder ir ter contigo desfrutar este dia…maravilhoso."
P.S: Excerto de "Ópera de Cristal"...enfim, coincidências engraçadas...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Fantasma da Ópera

É evidente o poder que o teatro, a música e o cinema têm sobre a minha inspiração. Não sei explicar a transformação que sinto nas minhas mãos e, muito menos o contentamento fulminante que se apodera dos meus pensamentos, emoções e, por extensão, da minha vida! Mas, para quê uma explicação? Não preciso dela. Apenas preciso de continuar a sentir...

Fantasma da Ópera foi um dos filmes que me marcou.
Todos nós guardamos máscaras dentro da nossa alma...não vale a pena negar! Houve uma altura em que o fazia pois pensava que o uso de uma máscara implicava, necessariamente, um sentimento ou atitude negativa da minha parte. Contudo, com o passar do tempo apercebi-me que esse negativismo provém de uma escolha...e quem escolhe somos nós!

O que estou a tentar transmitir é muito simples.
Eu tenho sonhos. Tu tens sonhos. Os sonhos são cruciais à nossa sobrevivência pois fazem-nos querer avançar. Para mim, uma máscara é a minha aliada nesta busca dos sonhos pois ela resguarda a minha essência. Se vocês acreditarem que conseguem conquistar os projectos que vos fascinam, embora todas as evidências ditem o contrário, arranquem do céu uma estrela e deixem que ela sofra metamorfose até adquirir a forma da vossa máscara.

O que sou hoje e o pouco que conquistei até então, deve-se, em parte, ao uso que fiz desta pequena e brilhante máscara. Aceitam críticas e conselhos construtivos, mas o resto...Para o resto, coloquem a vossa máscara e trilhem o vosso caminho, usando-a como escudo da vossa essência.Quando queremos e acreditamos no nosso trabalho e esforço, os sonhos estão ao alcance das nossas mãos...